4 meses, coisas que eu aprendi e post escrito no IPOD dentro do trem

Nesse fim de semana foi um dos melhores do meu intercâmbio e talvez um dos melhores da minha vida.
Estou na Alemanha a exatamente 4 meses e 6 dias e posso dizer que muita coisa aconteceu. Aprendi muito, conheci muita gente nova, lugares novos, to conseguindo me comunicar bem em alemão.
Basicamente coisas que eu aprendi:
• Não é todo mundo aqui que fala inglês como muitos pensam.

• Entender as opiniões e escolhas dos outros; você não sabe como é a vida da pessoa, como ela pensa e como é a relação dela com as pessoas que ela convive. Além de ser "o diferente" quando você é o único brasileiro entre 1000 alemães.

• Pensar 2, 3, 4 vezes antes de fazer algo.

• Dinheiro na mão voa fácil, tentar sempre manter um mínimo na carteira e pensar antes de gastar. Ter um balanço de quanto você gastou ajuda muito também.

• Os argentinos e franceses não são esnobes e "filhos da puta" como muitos brasileiros pensam e falam. A maioria é muito legal. Rolam umas brincadeiras, mas fica tudo na brincadeira mesmo.

• Planejar as coisas; na minha viagem para Paris, eu tive de antes ir para Berlim. O mais obvio seria ir de trem, mas eu lembrei de checar as passagens de avião e por incrível que pareça, seria 30, TRINTA euros mais barato na soma de ida e volta e obviamente me salvaria 10 horas na soma dos trajetos. Como a oportunidade de ir pra Paris surgiu de surpresa, não consegui ninguém pra me levar ao aeroporto em Colônia e as viagens de trem para o aeroporto e do aeroporto de Colônia até onde eu deveria ir em Berlim e na volta do lugar em Berlim até o aeroporto e do aeroporto em Colônia até minha cidade, ficaria mais caro.

• Há pobreza na Alemanha e na Europa. Não é tudo um luxo como todos pensam. Existem SIM pessoas morando sob pontes, nas ruas e florestas. O que faz a diferença, é que basicamente todos os países são pequenos e assim fica muito mais fácil de controlar e dar assistência para essas pessoas.

• Você só percebe o quanto certas pessoas que são importantes pra você quando você está a 10.000 km de distância.

• Forçar a mim mesmo a fazer as coisas. Tenho um certo medo de altura, portanto, por causa desse medo, teoricamente eu não subiria na Torre Eifel, mas eu acabei me forçando a entrar naqueles dois elevadores e acabei tendo um dos momentos mais divertidos da minha vida com um tailandes e dois americanos.

• O mundo é muito menor do que se pensa. Tenho dois amigos aqui, um australiano e um sul-africano e por incrível que pareça, eles tem amigos no Brasil QUE SE CONHECEM. E eu conheço os dois que estão no Brasil.

• O tchau para as pessoas no Brasil machucou e doeu, mas praticamente todas as pessoas eu voltarei a ver, mas, um Tchau, um Bye, um Tchüss para alguém que provavelmente você não voltará a encontrar. Machuca mais fundo e dói mais. É provavelmente a pior coisa que tem no intercâmbio, mas é isso que nos deixa mais forte.

• Um sorriso vale mais que muita coisa.

• "Quebrar" em um treino em um calor de 30, 35 graus é horrível. Em um frio de 10, 5 graus é BEM pior.

• A praia é algo que eu sinto falta mesmo no Brasil indo a cada 15 dias. Ter algo legal pra encontrar os amigos e tão fácil de ir faz falta.

• Nadar dá saudade. E muita.

• Os brasileiros são os que falam mais e melhor outros idiomas. Falamos um pouco melhor alemão, entendemos e a maioria fala um pouco, ou bem, espanhol e todos falam inglês. E é claro, somos os mais legais e todos.

Bom, se você chegou até aqui, deve estar se perguntando porque eu tive um dos melhores fins de semanas do meu intercâmbio. Primeiro, sai com meus amigos na sexta e foi bem legal, voltei correndo na primeira neve do inverno. Segundo porque sábado a gente subiu uma montanha aqui do lado e fomos ver a neve brincar. É muito gelada haha. Me obriguei a entrar em um trem de 1 hora e 40 minutos de viagem para ir pra Colônia encontrar os outros intercâmbistas e foi muito legal. A razão principal de eu ter ido, foi para encontrar o Byron, o Shane, a Emily, a Raisin e a Mariana. Esses são os "oldies" do distrito. Eles chegaram no inverno e vão voltar agora, após um ano. Voltei pra casa em um trem que saiu de Colônia meia hora antes do que eu havia programado. E para surpresa geral da nação (ou só minha mesmo) chegou na estação UMA HORA antes do que eu havia planejado. Como nem tudo são flores na vida deste pequeno intercambista, fiquei lá esperando o trem no frio :(. Domingo, acordei tomei aquele café da manha totoso e saímos pra comprar a arvore de Natal. No local, havia MUITA neve, portanto, jogamos um Counter Strike humano entre as árvores. Carregamos a escolhida pro carro e fomos pra casa ver o jogo do Santos que recebeu uma aula do Barcelona. Passamos a tarde jogando Mario kart no Wii para finalmente destravar o modo "mirror".
Depois disso, aqui estou.
Ps.: como a neve começou, a temporada de treinos indoor está oficialmente aberta. To conseguindo correr bem na esteira e pedalar na bike de spinning, então, sem maiores problemas em fazer bons treinos.

"My mother once told me... If you're going anywhere, you're going to have it yourself, because no one is going to do it for you." Lance Armstrong.

3 meses, sobrevivi

Pois é, mais de 3 meses se passaram e essa minha aventura continua rolando. Está muito legal, mas ao mesmo tempo ainda está difícil.

Semana passada mudei de família anfitriã e já estou curtindo muito ficar com eles; ter gente da minha idade ajuda muito, além da estrutura familiar se parecer muito com a minha no Brasil.

Com menos de 3 meses de intercâmbio, já estive em mais países do que em minha vida toda. Estive na Espanha (Mallorca), França (Paris e Versalhes), Bélgica (apenas passei no caminho pra França) e evidentemente Alemanha.

Aprendi muitas e muitas coisas, melhorei minha corrida e meu pedal, mas perdi muita, mas muita força e perdi minha natação "boa". Mas em pouco tempo acho que recupero. Perdi muito peso e ainda quero perder muito mais.

Quero falar melhor o idioma, quero conhecer mais gente e mais lugares. Entender a cultura e os costumes, pegar o que tem de bom e ver os problemas.

Até a próxima.

Sobre agradecimento

Pois é, quase 3 meses dessa aventura que eu (espero) sairei vivo.

Amanha começa minha viagem até Paris. Na verdade começou quando eu mandei um email em alemão com toda a cara de pau pedindo pra ir, mas beleza.

Esse post nao é sobre minha viagem de amanha, mas sobre duas pessoas muito especiais que estão na minha vida a exatos 6430 dias.

Essas pessoas se chamam de Mary Clara e Marcelo Monteiro, mas pra mim, Mae e Pai.

Sempre me deram apoio a tudo que eu quis fazer, dando opiniões e nao deixando eu fazer certas coisas que eu quis fazer, mas que depois eu vi que me arrependeria de ter feito.

Desde a época que me obrigaram a continuar na natação (esporte que hoje eu amo), passando pelas viagens e competições no taekwondo, comprando uma raquete de tenis quando eu precisei, me obrigando a ir a um curso de ingles (nao tenho palavras pra agradecer isso, sério), me apoiando a escolher a escola certa pro ensino médio, me apoiando na hora de ter que voltar pra natação, ir no curso de espanhol e POR FIM e provavelmente o mais importante, na hora de escolher o país pra aventura que estou no momento. E também sempre nas pequenas coisas do dia a dia.

Achei que nesse post ia escrever muito, mas nao tenho palavras pra descrever esses dois. Amo vocês.

Obrigado por tudo

Vai isso mesmo

Sobrevivi aos 2 meses aqui na Alemanha... no momento, sofrendo da famosa e temida crise dos mesmos... Com preguiça de escrever... amanha eu escrevo tudo (ou nao)... Vai aí um negocio que postaram no facebook

.-How are you going to know what a dream is...if you've never completed one.

.-How are you going to know what an adventure is...if you never undertook one.

.-How are you going to know what anguish is...if you never told your family and friends "see you soon"

with your eyes full of tears.

.-How are you going to know what desperation is...if you never arrived in a place, alone, without understanding anything the others were saying

.-How are you going to know what it means to miss someone...if you've never been away from home

.-How are you going to know what diversity is...if you've never shared under the same roof with people from all over the world

.-How are you going toknow what tolerance is...if you've never had to get used to something different, even if you don't like it.

.-How are you going to know what independence is...if you've never had to make decisions for yourself.

.-How are you going to know what it means to grow...if you never quit being a child to start in a new

direction.

.-How are you going to know what disability is...if you've never had to urge to hug someone, but the

computer screen got in your way

.-How are you going to know what distance is...if you've never looked at a map and said "Wow, I'm far"

.-How are you going to know what a language is...if youve never had to learn one to make friends

.-How are you going to know what patriotism is...if you've never shouted "I love my country" holding a flag in the hand.

.-How are you going to know what a party is...if you've never traveled hours to go to one

.-How are you going to know what true reality is...if you've never had the opportunity to see many different ones so you can create your own.

.-How are you going to know what an opportunity is...if you've never taken advantage of one

.-How are you going to know what pride is...if you never felt it for yourself when you realize what you've accomplished.

.-How are you going to know what it means to seize the moment...if you've never seen how time passed through your hands with great strides

.-How are you going to know what a friend is...if the circumstances never taught you which ones are real

.-How are you going to know what a family is...if you've never had one that supported you unconditionally

.-How are you going to know what your boundaries are...if you've never passed them to see what lies beyond.

.-How are you going to know what money is...if you never had to manage it to get along.

.-How are you going to know what imagination is...if you've never thought about the moment you get back home

.-How are you going to know what the world is...if you never were an EXCHANGE STUDENT

Segunda semana, casamento e amigos

Eae, beleza mano?

Po, a primeira semana passou bem rápido e eu nem senti direito. A saudade de casa bateu mas nao foi nada GRANDE.

No final de semana da "transição" entre primeira e segunda semana, houve um casamento na família da host mom, entao, viajamos MUITO para chegar ao local. Chegamos lá, jantamos com a família, fomos para o hotel e dormimos. No dia seguinte, acordamos cedo e fomos para a cidade onde seria o casamento, como chegamos cedo demais, fomos dar uma vota pela cidade que era chapada de bicicletas. Demais demais demais. Aí casamento normal na igreja e partimos rumo ao local onde seria a festa! Que na verdade era ao lado do nosso hotel, ou seja, mais 50 minutos de carro até lá. Chegamos, conheci uns host cousins sangue bom, ficamos conversando e tal. O casamento é bem diferente do Brasil. Com Teatro que os noivos participam, discursos e brincadeiras, como por exemplo tirar os rótulos dos enlatados para os noivos nao saberem o que é na hora de comer (o menu dos enlatados incluía desde milho até comida de gato). 19:30 foi servido o jantar, mesa de saladas, 2 tipos de arroz diferente demais (todos os brasileiros acharam bem diferente o arroz daqui), Uma carne que até que estava boa, uma beringela que também estava com muito tempero e uma linguica com batatas que tinha muita pimenta. Ficamos lá até de madrugada e voltamos pro hotel para dormir. No dia seguinte, voltamos para o local onde foi a festa e tomamos café com a família toda reunida. Voltamos para casa. Mais quatro horas de carro.

Skype com a família foi muito bom. Matei as saudades. Foi excelente.

Segunda feira, escola, casa e CAMA. Chorei e dormi. Só isso, nao tinha amigos, nao me sentia em casa aqui, estava muito mal mesmo. Terça foi diferente! Conheci um pessoal na escola, ficou tudo BEM melhor. Quarta, me senti mal e tive que sair da escola na Quinta aula. (Free Time na sexta aula, break e educação física depois... sem condições.). Quinta, vulgo hoje, nao fui pra escola. To mal de novo :/

Aqui é tudo diferente, mas é uma questão de adaptação. Eu estou melhorando... EU VOU CONSEGUIR!

Voo, estrada e alemao

Bom, ESTOU VIVO... estou aqui em Mayen, ainda sem ir pra escola, mas ta tudo bem, familia legal, host sisters e host parents legais, entao ta suaaave...

Na hora de sair do Basil, a mulher saiu com meu passaporte e foi dar uma volta com ele pelo aeroporto nao sei pq, mas ficou tudo certo... O voo foi bem cansativo e quase nem dormi, vi two and a half man, entao da tudo bem. Na imigracao, o cara pergunto o tempo que eu ia ficar aqui e falei um ano, ele se espantou, mas eu mostrei a documentacao do rotary, ele sorriu e me deu o visto UHUL. as malas demoraram um pouco, mas nao tive problemas em pegar.

Encontrei minha familia, nos perdermos no aeroporto, mas rapidinho ficou tudo certo. Pegamos a estrada e media de 140 km/h... RAPIDO DEMAIS, a estrada é boa, entao nem dava pra sentir direito a velocidade.

Eu to conseguindo me comunicar bem até e as pessoas elogiam meu alemao haha... É um pouco dificil ainda, mas acho que em 2 meses vai ficar tudo bem...

Por fim, o rotary é bem diferente, jantar, a saudacao rotry é com soquinhos na mesa, eles bebem cerveja na reuniao... BASTANTE. eu me apresentei em alemao e ficou tudo bem... eles se mostraram bastante preocupados e interessados.

Depois eu posto mais coisas... TCHÜSS

Imersão, Mayen e coisas legais

Bom, nesse final de semana eu fui pra Outbound orientation que foi em São Bernardo... Foi bem bacana apesar de boa parte das coisas eu já ter uma noção das coisas que iam ser faladas por lá.

Conheci um pessoal bem legal por lá, que vai pra Taiwan, Estados Unidos, Dinamarca, Polônia, França, Turquia, México... Havia gente de muitos lugares; Santos, São Bernardo, Santo André, São Caetano, Diadema, São Paulo, o fato de haver diversos sotaques e de termos que dividir quarto com quem não conhecíamos ajudou a começarmos a viver novas experiencias...

Mayen tem cerca de 20.000 pessoas, 30 vezes menos que Santos, o que vai ser uma experiencia bem diferente pra mim. Mayen também é BEM longe do mar, o que também é diferente. Tem muitos shoppings, trens para toda a Alemanha, tem três escolas de ensino médio e a Michigan State University tem um programa de verão por lá! Meu host club tem cerca de 45 sócios e é considerado um clube forte.

Ontem eu falei com minha Host Family e eles me disseram que até outubro iremos viajar com o rotary para conhecer meu estado e Luxemburgo \o/.

É isso aí e quando eu tiver mais noticias e estiver mais próximo do embarque, eu escrevo mais!